A disposição geográfica do Estado do Pará, seu clima "tropical" (quente e úmido), está enquadrada na formação de "floresta tropical pluvial", formada por mata de terra firme e mata de várzea, favorecendo a proliferação e manutenção de espécies, formando uma das mais complexas biodiversidades do planeta.
O ser humano na região convive constantemente com espécies naturais em seu habitat, o que pode ser nocivo a sua saúde.
Os acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema de saúde pública no Brasil, em virtude do elevado número de pessoas envolvidas anualmente, pela gravidade e complicações que podem apresentar.
Em decorrência das dimensões territoriais da Amazônia e ausência de profissionais de saúde em diversos municípios, os primeiros socorros muitas vezes são realizados por pessoas não habilitadas que praticam um verdadeiro festival folclórico no atendimento às vitimas.
Objetivando tornar mais prático o manejo do acidentado por animais peçonhentos, por parte dos profissionais de saúde, este manual de rotinas não pretende substituir as orientações dos Manuais do Ministério da Saúde, nem esgotar os assuntos abordados.
No Brasil, os acidentes por serpentes peçonhentas são denominados acidentes ofïdicos e são causados por espécies dos gêneros
Bothrops (jararaca),
Lachesis (surucucu),
Crotalus (cascavel) e
Micrurus (coral).
Início
Acidentes por Escorpião
Os escorpiões são chamados vulgarmente de lacraus e seus acidentes são frequentes e de gravidade variável. Na Amazônia, os acidentes são causados principalmente pelas espécies:
Tityus obscurus, Tityus silvestris e Tityus metuendus.
Tityus obscurus, sinônimo sênior de
Tityus paraensis
Foto: Denise Cândido - IB
Gravidade do Acidente por Escorpião*
Acidente Leve
Dor local
Parestesia local
Edema local discreto
Sudorese local discreta
Tratamento do Acidente Leve
Observar por 6 - 12h (principalmente)
Observar pressão arterial e temperatura
Ausculta cardíaca
Manter as funções vitais.
Alívio da dor: Dipirona 10mg/kg, cada 6 horas e/ou Anestésico local a 2%, sem adrenalina.
Crianças: 1-2ml. Adulto: 3-4ml. Repetir até 3 vezes, com intervalos de 90 minutos.
Acidente Moderado
Dor local
Edema local discreto
Parestesia local
Náuseas
Vômitos ocasionais
Sudorese sistêmica
Agitação
Sialorréia
Taquipnéia
Algumas regiões do Pará pode haver ainda:
Mioclonias (contraturas musculares que a vítima refere como "sensação de choque elétrico pelo corpo".
Disartria
Dismetria
Ataxia de Marcha.
Exames laboratoriais
Eletrocardiograma
RX do tórax
Glicemia
Amilasemia
Hemograma
Dosagem K (potássio) e Na (sódio)
CPK - creatinofosfoquinase
AST - Aspartase aminotransferase
Urina EAS
Uréia e Creatinina.
Tratamento do Acidente Moderado
Tratamento Específico
Soro antiescorpiônico ou Soro antiaracnídico (Loxosceles e Phoneutria) e antiescorpiônico*
2 - 4 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Manter suporte de vida (obrigatório)
Observar pressão arterial e temperatura.
Ausculta cardíaca.
Corrigir o distúrbio hidroeletrolítico, quando necessário.
Alívio da dor: Dipirona 10mg/kg, cada 6 horas e/ou Anestésico local a 2%, sem adrenalina.
Crianças: 1-2ml. Adulto:3-4ml. Repetir até 3 vezes, com intervalos de 90 minutos.
Antieméticos quando necessário
Nas mioclonias: benzodiazepínicos
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente Grave
Dor local e/ou parestesia
Náuseas
Vômitos incoercíveis
Sudorese, sialorréia
Agitação ou prostração
Sonolência
Hipotermia ou hipertermia
Hipotensão ou hipertensão
Taquicardia
Dispnéia
Arritmias
ICC (Insuficiência cardíaca congestiva)
Edema agudo do pulmão
Choque
Confusão mental
Convulsão
Coma
Algumas regiões do Pará pode haver ainda:
Mioclonias (contraturas musculares que a vítima refere como "sensação de choque elétrico pelo corpo".
Disartria
Dismetria
Ataxia de Marcha.
Exames laboratoriais
Eletrocardiograma
RX do tórax
Glicemia
Amilasemia
Hemograma
Troponina
Dosagem K (potássio) e Na (sódio)
CPK - creatinofosfoquinase
AST - Aspartase aminotransferase
Urina EAS
Uréia e Creatinina.
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro antiescorpiônico ou Soro antiaracnídico (Loxosceles e Phoneutria) e antiescorpiônico*
4 - 8 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Manter suporte de vida (obrigatório)
Observar pressão arterial e temperatura.
Ausculta cardíaca.
Corrigir o distúrbio hidroeletrolítico, quando necessário.
Alívio da dor: Dipirona 10mg/kg, cada 6 horas e/ou Anestésico local a 2%, sem adrenalina.
Crianças: 1-2ml. Adulto:3-4ml. Repetir até 3 vezes, com intervalos de 90 minutos.
Antieméticos quando necessário
Atropina 0,01 a 0,02mg/kg: na bradicardia sinusal associada a baixo débito cardíaco e bloqueio AV (átrio-ventricular) total.
Nifedipina sub-lingual 0,5 mg/kg: na hipertensão arterial, associada ou não a edema agudo do pulmão.
Tratamento convencional: no edema agudo do pulmão, choque ou insuficiência cardíaca congestiva.
Nas mioclonias: benzodiazepínicos
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
* Os acidentes em menores de 14 anos e idosos são potencialmente mais graves.
As aranhas Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha-marrom) e Latrodectus (viúva-negra) apresentam maior interesse médico, podendo causar acidentes graves, enquanto caranguejeiras e Lycosas causam somente acidentes leves.
Início
Acidentes por Centopéias
ou Lacraias
Centopéias ou lacraias são Miriápodes e seus acidentes são destituídos de maior importância médica.
Centopéia
Gravidade do Centopéia ou Lacraia
Acidente Leve
Dor Local
Eritema
Edema discreto
Tratamento do Acidente Leve
Compressas quentes no local
Analgésicos e/ou...
Anestésico sem adrenalina no local
Início
Acidentes por Abelhas
Vespas, Marimbondos
ou Cabas
Abelhas (Apidae), vespas, marimbondos ou cabas (Vespidae) são himenópteros de importância médica que causam acidentes de gravidade variada, podendo ocorrer óbito, principalmente por abelhas "africanizadas". Dentre estes himenópteros somente as abelhas ao picarem deixam o ferrão.
Marimbondos
Gravidade do Acidentes por abelhas, vespas, marimbondos ou cabas*
Acidente Leve
Dor Local
Eritema
Prurido
Edema
Tratamento do Acidente Leve
Remoção dos ferrões: fazer raspagem com lâmina de bisturi ou faca. Não retirar com pinças.
Analgésico no combate à dor.
Corticoterapia tópica.
Hidrocortisona: Adulto: 500-1000 mg, repetir cada 12 horas.
Criança: 4 mg/kg, cada 6 horas.
Prometazina: Adulto: 1 ampola de 25 mg, IM. Criança: 0,5 mg/kg, no máximo, 25 mg, IM.
Acidente Moderado ou Grave**
Prurido generalizado ou no palato, faringe
Urticária, rinite
Angiodema nos lábios, lingua, etc.
Náuseas, vômito, dor abdominal, diarréia
Rouquidão, dispnéia, bronco-espasmo
Palpitações, arritmias
Hemólise intravascular
Rabdomiólise
Oligúria, anúria, IRA
Torpor, coma
Hipotensão, choque, anafilaxia
Exames Laboratoriais
São úteis para o acompanhamento de pacientes:
Hemograma
Plaquetas
CPK
AST
Bilirrubinas
Mioglobina
Uréia
Creatinina
Na e K
Gasometria
Eletrocardiograma
Tratamento do Moderado ou Grave
Remoção dos ferrões: fazer raspagem com lâmina de bisturi ou faca. Não retirar com pinças.
Analgésico no combate à dor.
Corticoterapia tópica.
Bronco-espasmo: aminofilina (3 a 5 mg/kg/dose).
Correção do equilíbrio ácido-básico, hidroeletrolítico e assistência respiratória, se necessário.
Reação anafilática:
Adrenalina 1/1000: adulto 0,5 ml, SC; pode ser repetida 2 vezes com intervalos de 10 minutos.
Criança: 0,01 ml/kg/dose, SC, podendo ser repetido 2 vezes com intervalo de 30 minutos.
Hidrocortisona: Adulto: 500-1000 mg, repetir cada 12 horas.
Criança: 4 mg/kg, cada 6 horas.
Prometazina: Adulto: 1 ampola de 25 mg, IM. Criança: 0,5 mg/kg, no máximo, 25 mg, IM.
Paciente grave: tem indicação de CTI.
* A gravidade do acidente não depende do número de ferroadas e sim da hipersensibilidade individual. Há casos de morte com apenas uma picada de abelha.
** Nos acidentes com mais de 100 picadas a vítima desenvolve o quadro clínico generalizado denominado síndrome do envenenamento
Início
Acidentes por Coleópteros
Potó (
Paederus) é um pequeno besouro que quando comprimido contra a pele humana, libera uma substância, a pederina, de propriedades cáusticas e vesicantes, responsável por manifestações clínicas de intensidade variável.
Paederus sp.
Gravidade do Acidente por Coleóptero (Potó)
Acidente Leve
Ardor local discreto
Eritema
Lesão apresenta trajeto linear
Tratamento do Acidente Leve
Lavar o local com água corrente e sabão
Pincelar tintura de iodo
Compressa de permanganato de potássio 1/4000
Corticoterapia local
Analgésico, se necessário
Antibióticos, se necessário
Acidente Moderado
Ardor local
Prurido
Eritema
Vesículas e bolhas
Mancha pigmentada
Lesão apresenta trajeto linear
Tratamento do Acidente Moderado
Lavar o local com água corrente e sabão
Pincelar tintura de iodo
Compressa de permanganato de potássio 1/4000
Corticoterapia local
Analgésico, se necessário
Antibióticos, se necessário
Acidente Grave
Ardor local
Prurido
Eritema
Vesículas e bolhas
Mancha pigmentada
Lesão apresenta trajeto linear
Febre
Dor local
Artralgia
Vômitos
Tratamento do Acidente Grave
Lavar o local com água corrente e sabão
Pincelar tintura de iodo
Compressa de permanganato de potássio 1/4000, nas lesões vesicopústulo-crostosas
Corticoterapia local
Analgésico, se necessário
Antibióticos, se necessário
As cerdas das lagartas causam dermatite de baixa ou de pouca gravidade.
Automeris sp.
Foto: CIT de Santa Catarina
http://www.cit.sc.gov.br/index.php?p=identif-lagartas
Podalia sp.
Foto: CIT de Santa Catarina
http://www.cit.sc.gov.br/index.php?p=identif-lagartas
Gravidade do Acidente por
Lagartas que Causam Urticárias
Acidente Leve
Dor local
Eritema
Edema
Prurido
Vesícula, bolhas
Infartamento ganglionar regional doloroso
Tratamento do Acidente Leve
Lavar o local com água corrente e compressas de água fria
Analgésicos: aspirina, dipirona, paracetamol
Infiltração local com anestésico 2% sem adrenalina
Corticoterapia local
São causados pela larva da
Premolis semirufa conhecida como Pararama, encontradas nos seringais de cultivo da Amazônia Oriental. Suas cerdas são responsáveis pelo acidente, comum entre os trabalhadores da extração do látex.
Premolis semirufa
Foto: Habib Fraiha Neto - UFPa
Gravidade do Acidente por
Lagartas que causam Anquiloses
(lagartas dos seringais)
Acidente Leve
Dor local
Prurido
Eritema
Edema discreto
Podendo levar a anquilose articular
Tratamento do Acidente Leve
Lavar o local com água corrente
Compressa fria
Anti-histamínico oral
Creme de corticóide local
Analgésico, se necessário
Lonomia é um gênero de lagartas espinhosas encontradas em certas árvores. O contato com as cerdas dessas larvas produz um acidente hemorrágico sistêmico, muitas vezes fatal. Na Amazônia o acidente está relacionado, principalmente, ao contato com seringueiras de várzea.
Lonomia achelous
Foto: Habib Fraiha Neto - UFPa
Lonomia obliqua
Foto: CIT de Santa Catarina
http://www.cit.sc.gov.br/index.php?p=identif-lagartas
Gravidade do Acidente por Lagartas
que Causam Hemorragias*
Acidente Leve
Dor e queimação local
Eritema
Edema discreto
Bolhas
Ausência de sangramentos
Exames laboratorias
Tempo de Coagulação - TC
Tempo de Protrombina - TP
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada - TTPA
Realizar nas 0, 6 e 12 horas (obrigatório)
Normal
Ficar em observação, repetindo Exames:
6 e 12 horas após acidente
Se normal após 12 horas, liberar o paciente com orientação de retornar no caso de hemorragias.
Alterado
Realizar tratamento específico e inespecífico para acidente moderado ou grave.
Acidentes Moderado ou Grave**
Náuseas e vômitos
Sangramentos locais e sistêmicos (equimoses, púrpuras, hematomas, gengivorragias, epistaxes, hematúria, melena e outras)
Oligúria, anúria, IRA
**Se houver sintomatologia sugestiva do acidente moderado ou grave, iniciar tratamento, específico mesmo na ausência de exames laboratoriais.
Exames laboratorias
Tempo de Coagulação - TC
Tempo de Protrombina - TP
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada - TTPA
Hemograma
Plaquetas
Uréia
Creatinina
Urina EAS
Tratamento do Acidente
Moderado ou Grave
Tratamento Específico
Soro antilonômico***
5 a 10 ampolas
*** Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Sintomáticos e suporte de vida
Sangue total ou plasma fresco são contra indicados pois agravam a CIVD
Correção de anemia com concentrado de hemácias
Reavaliar exames 24 horas após tratamento
TC, TP, TTPA
Hemograma e Plaquetas
Uréia, Creatinina e Urina EAS
Alta Hospitalar somente quando:
TAP > 50% e função renal normal
*Adaptado do CIT/SC:
http://www.cit.sc.gov.br/monografias/Lonomia.pdf
Início
Acidentes por Cnidários
Água-viva, caravela (
Physalia) ou medusa (
Cyanea) são cnidários encontrados nas águas do mar e são considerados perigosos para o homem, quando entram em contato com a pele.
Physalia sp.
Foto: Selumite de Freitas Carmo - CIT-Belém
Gravidade do Acidente por Cnidários
(Água-viva, caravelas ou medusa)
Acidente Leve
Ardência ou dor local
Placas urticantes
Placas eritematosas lineares
Bolhas, vesículas, necrose
Tratamento do Acidente Leve
Repouso do segmento atingido.
Retirar suavemente os tentáculos aderidos, com pinças ou bordas de faca ou bisturi (não esfregar local)
Lavar abundantemente o local com solução fisiológica (não use água de torneira ou solução glicosada)
Usar ácido acético a 5% (vinagre), aplicado em compressas por 30 minutos
Aplicar corticóides tópicos 2 vezes ao dia
Analgésicos, no caso de dor
Acidente Moderado ou Grave
Ardência ou dor local
Placas urticantes
Placas eritematosas lineares
Bolhas, vesículas, necrose
Cefaléia
Mal-estar
Náuseas, vômitos
Febre
Espasmos musculares
Arritmia cardíaca
Insuficiência respiratória
Anafilaxia, choque
Tratamento do Acidente
Moderado ou Grave
Repouso do segmento atingido.
Retirar suavemente os tentáculos aderidos, com pinças ou bordas de faca ou bisturi (não esfregar local)
Lavar abundantemente o local com solução fisiológica (não use água de torneira ou solução glicosada)
Usar ácido acético a 5% (vinagre), aplicado em compressas por 30 minutos
Aplicar corticóides tópicos 2 vezes ao dia
Analgésicos, no caso de dor
Anafilaxia, ICC, Arritmias: Tratamento convencional
Os acidentes por peixes podem ser ativos ou passivos. Os acidentes ativos ocorrem por peixes peçonhentos (arraia, niquim e mandií) ou peixes que produzem acidentes traumáticos (piranha, candiru) pelos ferrões, dentes e acúleos, ao entrar no seu meio ambiente ou quando se manuseia.
Os acidentes passivos ocorrem quando se ingere um peixe venenoso (baiacu).
Início
Fluxograma de distribuição
dos Antivenenos e
Notificação dos Acidentes
Fluxo de recebimento, distribuição dos antivenenos e notificação dos acidentes.
Laboratório produtor de antiveneno:
Instituto Butantan-SP
Fundação Ezequiel Dias-MG
Instituto Vital Brazil-RJ
Centro de Produção e Pesquisa em Imunobiológicos-PR
SVS/MS
Secretarias Estaduais
de Saúde
Regionais de Saúde
Secretarias Municipais
de Saúde
Unidades estratégicas
Governo do Estado de Roraima
Governador: Antonio Denarium
Vice-governador: Edilson Damião
Secretaria de Estado da Saúde de Roraima - SESAU/RR
Secretária: Drª Cecília Lorenzon
Secretário-Adjunto: Drº Edson Castro Neto
Secretária-Adjunta: Drª Adilma Rosa de Castro Lucena
Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Roraima
Coordenadora: Valdirene de Oliveira Cruz
Núcleo de Sistema de Informações em Saúde - NSIS/CGVS
Gerente: José Vieira Filho
Desenvolvedores: Ivo Alencar | Luiz Fernando Covre
Colaborador Design: José Ricardo Flores Ferreira
Realização:
© Copyright
Secretaria de Estado da Saúde de Roraima - SESAU/RR
As serpentes do gênero
Bothrops, além de apresentarem fosseta loreal, possuem a cauda lisa e estão distribuídas em todo território brasileiro, sendo responsáveis pela maioria dos acidentes na região Amazônica; são conhecidas pelos nomes de Jararaca, Surucucurana, combóia e até de Surucucu.
Bothrops atrox.
Gravidade do Acidente por Bothrops (Jararaca)
Acidente leve
Dor local
Edema local
Sangramento local
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) normal ou alterado
Exames laboratoriais
Hemograma
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) (obrigatório)
Plaquetas
Uréia e Creatinina
Urina EAS
Tratamento do Acidente Leve
Tratamento Específico
Soro Antibotrópico Pentavalente ou Antibotrópico (Pentavalente) e Antilaquético*
4 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Membro acidentado deve ficar estendido e elevado em torno de 45º.
Não garrotear, não fazer cortes, não sugar o local da picada.
Limpeza local com antisséptico.
Não romper as bolhas.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Analgésico, para alívio da dor.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Não há indicação do uso de anti-inflamatório.
Realizar prevenção contra o tétano.
O uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. Quando indicado, realizar antibióticos contra bactérias Gram (+), Gram (-) e anaeróbios.
Manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 e 40 ml/hora (adulto) e 1 a 2 ml/kg/hora (crianças).
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina: Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina: Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina: dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona: Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente moderado
Dor local
Edema local
Edema ascendente
Sangramento local
Sangramento sistêmico.
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA)
Exames laboratoriais
Hemograma
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) (obrigatório)
Plaquetas
Uréia e Creatinina
Urina EAS
Tratamento do Acidente Moderado
Tratamento Específico
Soro Antibotrópico Pentavalente ou Antibotrópico (Pentavalente) e Antilaquético*
8 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Membro acidentado deve ficar estendido e elevado em torno de 45º.
Não garrotear, não fazer cortes, não sugar o local da picada.
Limpeza local com antisséptico.
Não romper as bolhas.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Analgésico, para alívio da dor.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Não há indicação do uso de anti-inflamatório.
Realizar prevenção contra o tétano.
O uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. Quando indicado, realizar antibióticos contra bactérias Gram (+), Gram (-) e anaeróbios.
Manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 e 40 ml/hora (adulto) e 1 a 2 ml/kg/hora (crianças).
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente grave
Dor local
Sangramento local
Edema local e ascendente intenso
Bolhas, necrose
Sangramento sistêmico abundante
Choque
Oligúria, anúria
IRA (Insuficiência Renal Aguda)
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) normal ou alterado
Exames laboratoriais
Hemograma
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) (obrigatório)
Plaquetas
Uréia e Creatinina
Urina EAS
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro Antibotrópico Pentavalente ou Antibotrópico (Pentavalente) e Antilaquético*
12 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Membro acidentado deve ficar estendido e elevado em torno de 45º.
Não garrotear, não fazer cortes, não sugar o local da picada.
Limpeza local com antisséptico.
Não romper as bolhas.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Analgésico, para alívio da dor.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Não há indicação do uso de anti-inflamatório.
Realizar prevenção contra o tétano.
O uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. Quando indicado, realizar antibióticos contra bactérias Gram (+), Gram (-) e anaeróbios.
Manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 e 40 ml/hora (adulto) e 1 a 2 ml/kg/hora (crianças).
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
As serpentes do gênero
Lachesis, além de apresentarem fosseta loreal, possuem a cauda com escamas eriçadas e são encontradas apenas em áreas de florestas primárias. Na Amazônia são conhecidas pela denominação de surucucu, surucucu-verdadeira ou surucucu pico-de-jaca. O seu acidente é incomum.
Lachesis muta muta.
Foto: Giuseppe Puorto - IB
Gravidade do Acidente por Lachesis (Surucucu)
Acidente Moderado
Dor local
Edema local
Edema ascendente
Hemorragia local
Hemorragia sistêmica
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) normal ou alterado
Sintomas vagais:
Diarréia
Dor abdominal (cólicas)
Bradicardia
Exames laboratoriais
Hemograma
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) (obrigatório)
Plaquetas
Creatinina
Uréia
Urina EAS
Tratamento do Acidente Moderado
Tratamento Específico
Soro Antibotrópico (Pentavalente) e Antilaquético*
10 ampolas
*
Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Membro acidentado deve ficar estendido e elevado em torno de 45º.
Não garrotear, não fazer cortes, não sugar o local da picada.
Limpeza local com antisséptico.
Não romper as bolhas.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Analgésico, para alívio da dor.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Não há indicação do uso de anti-inflamatório.
Realizar prevenção contra o tétano.
O uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. Quando indicado, realizar antibióticos contra bactérias Gram (+), Gram (-) e anaeróbios.
Manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 e 40 ml/hora (adulto) e 1 a 2 ml/kg/hora (crianças).
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente Grave
Dor local
Edema local
Edema ascendente intenso
Hemorragia local
Bolhas, necrose local
Hemorragia sistêmica intensa
Choque hipovolêmico
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) normal ou alterado
Sintomas vagais:
Dor abdominal
Diarréia
Bradicardia
Hipotensão, choque
Exames laboratoriais
Hemograma
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) (obrigatório)
Plaquetas
Creatinina
Uréia
Urina EAS
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro Antibotrópico (Pentavalente) e Antilaquético*
20 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Membro acidentado deve ficar estendido e elevado em torno de 45º.
Não garrotear, não fazer cortes, não sugar o local da picada.
Limpeza local com antisséptico.
Não romper as bolhas.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Analgésico, para alívio da dor.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Não há indicação do uso de anti-inflamatório.
Realizar prevenção contra o tétano.
O uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. Quando indicado, realizar antibióticos contra bactérias Gram (+), Gram (-) e anaeróbios.
Manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 e 40 ml/hora (adulto) e 1 a 2 ml/kg/hora (crianças).
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
As serpentes do gênero
Crotalus, além de apresentarem fosseta loreal, possuem na cauda um chocalho ou guizo. Na Amazônia, são encontradas em algumas regiões do Estado do Pará (Ilha de Marajó, Santarém e sul do Pará), Amapá e Roraima.
Crotalus sp.
Foto: Giuseppe Puorto - IB
Gravidade do Acidente por Crotalus (Cascavel)
Acidente Leve
Sem dor e edema local
Parestesia local
Facies neurotóxica ausente ou tardia
Visão turva ausente ou tardia
Mialgia ausente
Sem alterações urinárias
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) normal ou alterado
Exames laboratoriais
Hemograma
Urina EAS
AST (Aspartase aminotransferase)
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA)
Uréia
Creatinina
Tratamento do Acidente Leve
Tratamento Específico
Soro Anticrotálico ou Soro Antibotrópico Crotálico*
5 ampolas
*Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Limpeza local com antisséptico.
Verificar a pressão arterial
Controlar o volume urinário
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário)
Realizar prevenção contra o tétano
Hidratação adequada para prevenir a IRA, manter o fluxo urinário: 1 a 2 ml/kg/hora, na criança. No adulto: 30 a 40 ml/hora.
pH urinário deve ser mantido acima de 6,5: administrar bicarbonato de sódio e monitorar por gasometria.
Diuréticos: manitol a 20% (5ml/kg na criança e 100ml no adulto), caso persista a oligúria, administrar furosemida (1mg/kg/dose, na criança e 40mg/dose, no adulto).
Diálise peritoneal: quando com as medidas acima não houver respostas.
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente Moderado
Sem dor e edema local
Parestesia local
Facies neurotóxica (ptose palpebral bilateral) discreta ou evidente
Visão turva discreta ou evidente
Mialgia discreta
Urina pode apresentar cor vermelha ou escura
Ausência de oligúria ou anúria
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) normal ou alterado
Exames laboratoriais
Hemograma
Urina EAS
AST (Aspartase aminotransferase)
CPK (Creatinofosfoquinase)
DHL (Desidrogenase lática)
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA)
Uréia
Creatinina
Potássio
Gasometria
Tratamento do Acidente Moderado
Tratamento Específico
Soro Anticrotálico ou Soro Antibotrópico Crotálico*
10 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Limpeza local com antisséptico.
Verificar a pressão arterial
Controlar o volume urinário
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário)
Realizar prevenção contra o tétano
Hidratação adequada para prevenir a IRA, manter o fluxo urinário: 1 a 2 ml/kg/hora, na criança. No adulto: 30 a 40 ml/hora.
pH urinário deve ser mantido acima de 6,5: administrar bicarbonato de sódio e monitorar por gasometria.
Diuréticos: manitol a 20% (5ml/kg na criança e 100ml no adulto), caso persista a oligúria, administrar furosemida (1mg/kg/dose, na criança e 40mg/dose, no adulto).
Diálise peritoneal: quando com as medidas acima não houver respostas.
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente Grave
Sem dor e edema local
Parestesia local
Prostração, sonolência
Vômitos
Secura da boca
Mialgia intensa
Facies neurotóxica evidente:
      Ptose palpebral bilateral
      Oftalmoplegia
      Visão escura
      Diplopia
Urina cor de café ou vermelha
Oligúria, anúria, insufuciência renal aguda
Exames laboratoriais
Hemograma
Urina EAS
AST (Aspartase aminotransferase)
CPK (Creatinofosfoquinase)
DHL (Desidrogenase lática)
Tempo de Coagulação (TC) ou Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA)
Uréia
Creatinina
Potássio
Gasometria
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro Anticrotálico ou Soro Antibotrópico Crotálico*
20 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Limpeza local com antisséptico.
Verificar a pressão arterial
Controlar o volume urinário
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário)
Realizar prevenção contra o tétano
Hidratação adequada para prevenir a IRA, manter o fluxo urinário: 1 a 2 ml/kg/hora, na criança. No adulto: 30 a 40 ml/hora.
pH urinário deve ser mantido acima de 6,5: administrar bicarbonato de sódio e monitorar por gasometria.
Diuréticos: manitol a 20% (5ml/kg na criança e 100ml no adulto), caso persista a oligúria, administrar furosemida (1mg/kg/dose, na criança e 40mg/dose, no adulto).
Diálise peritoneal: quando com as medidas acima não houver respostas.
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina : dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
As serpentes da família Elapidae são peçonhentas. No Brasil encontramos o gênero
Micrurus. São as denominadas corais ou corais verdadeiras. Na Amazônia seu acidente é raro.
Micrurus surinamensis
Foto: Darlan Tavares - MPEG
Gravidade do Acidente por Micrurus (Coral)
Acidente Grave
Sem dor local
Sem edema local
Parestesia local
Vômitos
Fraqueza muscular progressiva
Dificuldade de deambular
Mialgia pode ocorrer
Facies neurotóxica (Ptose palpebral bilateral, Oftalmoplegia, visão escura, diplopia)
Dificuldade de deglutir
Insuficiência respiratória de instalação precoce
Apnéia
Exames laboratoriais
Gasometria arterial (para decisão de intubação e acompanhamento da ventilação mecânica)
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro Antielapídico*
10 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente de preferência em UTI e nunca dar alta hospitalar antes de 24 h horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Limpeza local com antisséptico.
Verificar a pressão arterial
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário)
Realizar prevenção contra o tétano
Manter paciente adequadamente ventilado: máscara e embu, intubação traqueal e embu ou ventilação mecânica
Teste da neostigmine: aplicar 0,05mg/kg, em criança, ou 1 ampola no adulto, endovenoso. Se houver melhora imediata do quadro neurológico, continuar aplicando neostigmine.
Terapêutica de manutenção da neostigmine: 0,05 a 0,1mg/kg, a cada 4 horas ou intervalos menores, endovenoso, sempre precedido da administração de atropina: 0,05 mg/kg, na criança, e no adulto 0,5mg, endovenoso.
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina: Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina: Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina: dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona: Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
A
Phoneutria mede 3-4 cm de corpo, sem as pernas. É pouco peluda e conhecida como armadeira. É agressiva, ataca pulando sobre a vítima. Encontrada em gramados, bananeiras, etc.
Phoneutria reidyi
Foto: Flávio Pimenta
Gravidade do Acidente por Phoneutria*
Acidente Leve
Clínica somente no local da picada
Dor local
Edema local discreto
Eritema local
Tratamento do Acidente Leve
Observar crianças e idosos por 6 - 12h (principalmente)
Observar pressão arterial e temperatura
Ausculta cardíaca
Manter as funções vitais.
Alívio da dor: Dipirona 10mg/kg, cada 6 horas e/ou Anestésico local a 2%, sem adrenalina.
Crianças: 1-2ml. Adulto:3-4ml. Repetir até 3 vezes, com intervalos de 90 minutos.
Acidente Moderado
Presença de um ou mais sintomas/sinais sistêmicos caracteriza a gravidade:
Dor local
Edema local discreto
Eritema
Sudorese
Vômitos ocasionais
Agitação
Taquicardia
Visão turva
Sialorréia
Hipertensão
Priapismo
Exames Laboratoriais
Hemograma
Glicemia
Gasometria
Eletrocardiograma
Tratamento do Acidente Moderado
Tratamento Específico
Soro antiaracnídico (Loxosceles e Phoneutria) e antiescorpiônico*
2 - 4 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta hospitalar antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Verificar a pressão arterial. Controlar o volume urinário.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Dor: Dipirona 10 mg/kg, cada 6 horas e/ou...
Anestésico local a 2%, sem adrenalina: criança: 1-2 ml; adulto: 3-4 ml. Repetir até 3 vezes, com intervalos de 90 minutos, e/ou...
Meperidina: Criança: 1 mg/kg/dose, IM. Adulto: 50-100 mg, IM. Antiemético, quando necessário.
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina: Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina: Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina: dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona: Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente Grave
Presença de um ou mais sintomas sistêmicos caracteriza a gravidade:
Dor local
Edema local discreto
Eritema
Sudorese
Agitação
Taquicardia
Visão turva
Sialorréia
Hipertensão
Priapismo
Vômitos intensos
Convulsões
Bradicardia
Hipertensão
Choque
Coma
Dispnéia
Arritmias
Insuficiência Cardíaca
Edema agudo de pulmão
Exames Laboratoriais
Hemograma
Glicemia
Gasometria
Eletrocardiograma
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro antiaracnídico (Loxosceles e Phoneutria) e antiescorpiônico*
5 - 10 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Internar o paciente e nunca dar alta hospitalar antes de 24 horas da soroterapia.
Garantir um bom acesso venoso.
Verificar a pressão arterial. Controlar o volume urinário.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Dor: Dipirona 10 mg/kg, cada 6 horas e/ou...
Anestésico local a 2%, sem adrenalina: criança: 1-2 ml; adulto: 3-4 ml. Repetir até 3 vezes, com intervalos de 90 minutos, e/ou...
Meperidina: Criança: 1 mg/kg/dose, IM. Adulto: 50-100 mg, IM. Antiemético, quando necessário.
Tratamento convencional: arritmias, ICC, edema agudo do pulmão etc.
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina: Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina: Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina: dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona: Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
* Nos menores de 14 anos e idosos, os acidentes são potencialmente mais graves.
As
Loxosceles mede 1 cm de corpo sem as pernas. São conhecidas como "aranha-marrom". Podem ser encontradas nas roupas, sapatos e atrás de móveis.
Loxosceles sp.
Foto: Silvia Marlene Lucas - IB
Gravidade do Acidente por Loxosceles
Acidente Leve
Clínica somente no local
Eritema e/ou
Calor e/ou
Sem ou com dor de aparecimento tardio
Tratamento do Acidente Leve
Observar por 72h
Compressas de gelo
Antisséptico local
Prednisona: adulto 40 mg/dia. Criança: 1 mg/kg/dia, por 5 dias via oral.
Acidente Moderado
Eritema e/ou
Calor e/ou
Sem ou com dor de aparecimento tardio
Edema endurado
Equimose
Exantema
Placa marmórea
Bolhas
Necrose (após dias)
Febre, prurido
Náuseas
Vômitos discretos
Exames Laboratoriais
Hemograma
Plaquetas
Reticulócitos
Coagulograma
Transaminases
Bilirrubinas
K, Na
Dosar CPK, DHL e AST
Uréia, creatinina
Urina EAS
Tratamento do Acidente Moderado
Tratamento Específico
Soro antiloxoscélico (trivalente) ou Soro antiaracnídico (Loxosceles e Phoneutria) e antiescorpiônico*
5 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Sintomáticos
Hidratação
Dor: Dipirona 10 mg/kg/dose.
Compressa de gelo.
Anestésico local.
Prednisona: Adulto: 40 mg/dia. Criança: 1 mg/kg/dia, por 5 dias, via oral.
Na úlcera: Compressa de permanganato de potássio 1/4000 (1 comp. / 4 litros de água), por 10 minutos.
Procedimento cirúrgico: remoção da escara.
Medidas convencionais na IRA (insuficiência renal aguda).
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina : Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina: dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
Acidente Grave
Eritema e/ou
Calor e/ou
Sem ou com dor de aparecimento tardio
Edema endurado
Equimose
Exantema
Placa marmórea
Bolhas
Necrose (após dias)
Febre, prurido
Náuseas
Vômitos intensos
Mialgias
Visão turva
Sonolência
Obnubilação
Anemia, icterícia
Oligúria, anúria
Coma
Exames Laboratoriais
Hemograma
Plaquetas
Reticulócitos
Coagulograma
Transaminases
Bilirrubinas
K, Na
CPK, DHL e AST
Uréia, creatinina
Urina EAS
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro antiloxoscélico (trivalente) ou Soro antiaracnídico (Loxosceles e Phoneutria) e antiescorpiônico*
10 ampolas
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. O soro deverá ser dado puro ou diluído em 50 a 100 ml de solução glicosada, em gotejamento, 30 a 40 gotas/minuto, intravenoso. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Sintomáticos
Hidratação
Dor: Dipirona 10 mg/kg/dose.
Compressa de gelo.
Anestésico local.
Prednisona: Adulto: 40 mg/dia. Criança: 1 mg/kg/dia, por 5 dias, via oral.
Na úlcera: Compressa de permanganato de potássio 1/4000 (1 comp. / 4 litros de água), por 10 minutos.
Procedimento cirúrgico: remoção da escara.
Medidas convencionais na IRA (insuficiência renal aguda).
Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato, se necessário.
Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina : Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Cimetidina: Dose 10 mg/kg, máximo 300 mg (1 ampola), endovenoso; ou
Ranitidina: dose 3 mg/kg, máximo 100 mg (1 ampola), endovenoso.
Hidrocortisona : Dose 10 mg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.
Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do profissional de saúde durante a soroterapia, assim como, para a administração do antiveneno.
A
Latrodectus mede 1 cm de corpo com abdome globoso e um desenho colorido no ventre. É conhecida como "viúva-negra".
Latrodectus sp.
Foto: Silvia Marlene Lucas - IB
Gravidade do Acidente por Latrodectus
Acidente Leve
Dor local
Edema discreto
Sudorese local
Dor nos membros
Parestesias
Tremores
Contraturas
Tratamento do Acidente Leve
Observação
Sintomático (analgésico)
Gluconato de cálcio à 10%: adulto 10 a 20 ml, IV. Criança: 1 mg/kg, IV, de 4 em 4 horas se necessário.
Acidente Moderado
Dor local
Edema discreto
Sudorese local
Dor nos membros
Parestesias
Tremores
Contraturas
Dor abdominal
Sudorese generalizada
Ansiedade ou agitação
Mialgias
Dificuldades de deambular
Cefaléia e tonturas
Hipertermia.
Exames laboratoriais
Hemograma
Glicemia
Urina EAS
Eletrocardiograma
Tratamento do Acidente Moderado
Tratamento Específico
Soro antielatrodéctico* (Soro não encontrado no país).
1 ampola, IM
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Sintomáticos
Benzodiazepínicos: Adultos: 5 - 10mg. Crianças: 1 - 2mg/dose, IV, de 4/4 horas, se necessário.
Gluconato de cálcio a 10%: Adultos: 10ml a 20ml, IV. Crianças: 1mg/kg, IV, de 4/4 horas, se necessário.
Clorpromazina: Adultos: 25 - 50mg, IM. Crianças: 0,55mg/kg/dose, IM de 8/8 horas.
Acidente Grave
Dor local
Edema discreto
Sudorese local
Dor nos membros
Parestesias
Tremores
Contraturas
Dor abdominal
Sudorese generalizada
Ansiedade ou agitação
Mialgias
Dificuldades de deambular
Cefaléia e tonturas
Hipertermia
Taquicardia ou bradicardia
Dispnéia
Náuseas e vômitos
Priapismo
Retenção urinária
Facies latrodectísmica
Exames laboratoriais
Hemograma
Glicemia
Urina EAS
Eletrocardiograma
Tratamento do Acidente Grave
Tratamento Específico
Soro antilatrodéctico (não encontrado no país)
2 ampolas, IM
* Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da gravidade do acidente. Não existe contraindicação para gestantes. A dosagem para criança é a mesma que para os adultos.
Tratamento Inespecífico
Benzodiazepínicos: Adultos: 5 - 10mg. Crianças: 1 - 2mg/dose, IV, de 4/4 horas, se necessário.
Gluconato de cálcio a 10%: Adultos: 10ml a 20ml, IV. Crianças: 1mg/kg, IV, de 4/4 horas, se necessário.
Clorpromazina: Adultos: 25 - 50mg, IM. Crianças: 0,55mg/kg/dose, IM de 8/8 horas.
As aranhas caranguejeiras possuem vários tamanhos e são pilosas, sendo esses pêlos junto com sua picada responsáveis pelo acidente .
Caranguejeira
Gravidade do Acidente por Caranguejeira
Acidente Leve
Prurido local
Urticária local
Dor local (na picada)
Tratamento do Acidente Leve
Lavar com água e sabão
Sintomáticos
Anti-histamínicos
Lagartas ou taturanas são as formas larvárias de mariposas e borboletas (Lepidoptera) cujo o contato com as cerdas, ocasionam lesões dermatológicas locais ou sistêmicas como no caso das
Lonomias.
A
Lycosa mede 3 cm de corpo, sem as pernas e exibe um desenho de seta no dorso do abdome.
Lycosa sp.
Foto: Silvia Marlene Lucas - IB
Gravidade do Acidente por Lycosa
Acidente Leve
Discreta dor Local
Tratamento do Acidente Leve
Sintomáticos
Lavar com água e sabão