O São João no Parque Anauá, evento promovido pelo Governo de Roraima, não se resume apenas ao encanto das apresentações dos grupos folclóricos ou nas atrações musicais. A festa também proporciona aos visitantes uma variedade de comidas típicas, agradando até mesmo os paladares mais exigentes.
Para garantir uma experiência completa e sem riscos, o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), tem realizado uma série de ações que visam preparar os comerciantes que vão atuar na manipulação de alimentos durante o São João no Parque Anauá.
“Estamos com um grande fluxo de pessoas nesses dias de arraial, e é óbvio que para essas pessoas estarem ali comercializando [os produtos], elas precisam ser orientadas previamente antes do evento, para que não tenhamos nenhuma surpresa desagradável”, explicou a fiscal sanitária do Departamento de Vigilância Sanitária, Maria da Conceição Sales.
Conforme ela, os trabalhos de segurança alimentar da Vigilância Sanitária Estadual começam bem antes do início da festa, com a execução de um treinamento sobre a correta forma de preparação de itens alimentícios. Essa atividade foi realizada no dia 21 de julho.
Na etapa seguinte, quando há de fato a execução das atividades, as equipes do Departamento de Vigilância Sanitária se dividem pelos vários setores do Parque Anauá, em fiscalizações que sempre buscam verificar se os comerciantes estão realmente executando o serviço como deve ser feito.
Todo esse trabalho segue as normas que são preconizadas na RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) N° 216, de 15 de setembro de 2004, que trata sobre o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação.
“Primeiramente eles precisam estar com as mãos bem lavadas, por isso é importante ter um ponto de água nas barracas, para que elas estejam sempre limpas. Outros parâmetros incluem cuidados básicos, como não tossir ou espirrar quando estiverem trabalhando na manipulação desses alimentos; não fumar; evitar o uso de adornos como brincos, anéis e unhas postiças; o cabelo tem que estar preso com uma toca; cobrir bem os alimentos não só em razão do grande fluxo de pessoas, mas também pelo fato de estarmos no inverno e essa estação ser propícia para o surgimento de insetos”, completou.
Maria Joana Ribeiro Alves, de 56 anos, sempre aproveita os eventos públicos para aumentar a renda de casa, e essa rotina é repetida ano a ano, deste 1997. Na barraca dela, os visitantes podem encontrar de tudo, da carne de sol ao cachorro quente.
Para ela, a iniciativa do Governo em orientar os comerciantes sobre os cuidados básicos de higiene e manipulação de alimentos ajuda a melhorar os trabalhos que eles desempenham nos eventos.
“Para mim é positivo, pois eles acabam percebendo que estamos fazendo o trabalho de forma correta, de touca e que nós passamos pelo treinamento, e ver que a barraquinha está limpa, a sensação de segurança é maior”, complementou.
SECOM RORAIMA
JORNALISTA: Minervaldo Lopes
FOTOGRAFIA: William Roth