Com a finalidade de melhorar os indicativos de combate às arboviroses, o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), realizou nesta terça-feira, dia 19, uma capacitação para agentes de endemias que atuam em Boa Vista.
Executada pelo NCFAD (Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue), a atividade teve como foco principal a atualização de rotinas de campo e atividades do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti).
“Nesse momento estamos com um alto risco para transmissão das arboviroses, dengue, zika ou chikungunya. Todas as unidades de todos os municípios já receberam esse alerta para que avisem sobre pacientes que chegam às unidades de saúde com suspeitas de dengue, pois eles precisam ser notificados e manejados adequadamente”, alertou a gerente do órgão, Rosângela Santos.
O LIRAa é uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida da quantidade de residências com a presença de recipientes com larvas de Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Febre pelo vírus Zika e Febre Amarela.
Atualmente, segundo o NCFAD, Roraima apresenta 195 casos prováveis de dengue, distribuídos em 13 dos 15 municípios do Estado, o que representa um aumento de 225% em relação aos casos prováveis diagnosticados no ano de 2022.
A agente de endemias Jaine Matos, de 47 anos, participou da palestra promovida pelo Núcleo, juntamente da sua equipe do setor quatro. Para ela, a atualização deverá fazer toda a diferença nas atividades de combate que são realizadas na capital.
“Essa capacitação que estamos participando hoje vai servir para melhorar o desempenho do nosso trabalho em relação ao LIRAa, que é uma atividade que fazemos a cada dois meses”, ressaltou a servidora.
ARBOVIROSES – As arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos. As mais comuns são a Dengue, Chikungunya e Zika, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Os levantamentos feitos pelos agentes de endemias no Estado revelam que os vetores das arboviroses se encontram dentro dos domicílios, como em depósitos de criadouros passíveis de remoção e também aqueles que podem ser limpos, como o vaso de planta, o bebedouro do cachorro e a calha.
“Isso é uma responsabilidade de todos nós. O agente de endemias ele orienta o morador no que está acontecendo no seu domicílio, mas o morador precisa fazer o principal papel que é eliminar qualquer tipo de depósito que possa acumular água e se tornar um criadouro do mosquito da dengue”, orientou Rosângela.
Essas doenças possuem similaridade entre seus sintomas, como a febre, dor no corpo e dor de cabeça. É preciso que a população cuide de seus domicílios, para diminuir o índice de infestação do Aedes aegypti e de outros vetores.
Ao sentir algum desses sintomas busque uma UBS (Unidades Básica de Saúde) para receber o acolhimento correto para que seja tratado oportunamente e evitar casos graves e óbitos.
SECOM RORAIMA
JORNALISTA: Suyanne Sá
FOTOGRAFIA: Brenda Lima